sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Problemas ambientais


Relações internacionais e o problema ambiental

Embora estejam acontecendo vários empreendimentos por parte de empresas, novas leis tenham sido sancionadas, acordos internacionais estejam em vigor, a realidade apontada pelas pesquisas mostra que os problemas ambientais ainda são enormes e estão longe de serem solucionados.

É preciso lembrar que o meio ambiente não se refere apenas as áreas de preservação e lugares paradisíacos, mas sim a tudo que nos cerca: água, ar, solo, flora, fauna, homem, etc. Cada um desses itens está sofrendo algum tipo de degradação. Em seguida serão apresentados alguns dados dessa catástrofe.

Preservação X Conservação

Diversas práticas do capitalismo são nocivas ao planeta.
O movimento ambientalista se iniciou ao ser considerado que as transformações decorrentes do capitalismo causam impactos no meio ambiente. De origem que data o fim do século dezenove, nos Estados Unidos, surgiu representado por duas vertentes: a dos preservacionistas e conservacionistas; em contraponto aos preceitos desenvolvimentistas.
O movimento preservacionista, fundado por John Muir, é considerado mais radical, por acreditar que a interferência humana é essencialmente nociva ao meio ambiente. Protegendo a natureza contra o desenvolvimento moderno, industrial e urbano; faz reverência à natureza, no sentido da apreciação estética e espiritual da vida selvagem, assegurando a “intocabilidade” de parques destinados para este fim. Para ele, os animais, plantas e ecossistemas teriam um valor em si mesmos, independentemente da utilidade que pudessem ter para o homem.
Já os conservacionistas, consideram o ser humano capaz de utilizar destes recursos de forma controlada, equilibrada e, muitas vezes, mais eficazmente do que se este permanecesse “intocado”, como propõe a outra vertente. Movimento criado por Gifford Pinchot, engenheiro florestal treinado na Alemanha, ditava que a conservação deveria basear-se na prevenção de desperdícios e o uso dos recursos naturais para benefício da maioria dos cidadãos, incluindo as gerações futuras.

Desenvolvimento Sustentável

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

Chuva ácida
O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton e o restante permanece na atmosfera. 
        Hoje em dia, a concentração de COno ar atmosférico tem se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição. A queima do carbono pode ser representada pela equação:
                                                                C + O2   --->  CO2
      Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SOe NOx, são encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas ácidas.
        O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a preciptação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios.
         Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis.

Buraco na camada de Ôzonio

Os raios ultravioleta, presentes na luz solar, causam mutações nos seres vivos, modificando suas moléculas de DNA. No homem, o excesso de ultravioleta pode causar câncer de pele. A camada de gás ozônio (O3), existente na estratosfera, é um eficiente filtro de ultravioleta. O ozônio forma-se pela exposição de moléculas de oxigênio (O2) à radiação solar ou às descargas elétricas.
Detectou-se nos últimos anos, durante o inverno, um grande "buraco" na camada de ozônio, logo acima do Pólo Sul; este buraco tem aumentado a cada ano, chegando à extensão da América do Norte. Foi verificado que a camada de ozônio está também diminuindo de espessura acima do Pólo Norte. Acredita-se que os maiores responsáveis por esta destruição sejam gases chamados CFC (clorofluorcarbonos).
Estas substâncias são usadas como gases de refrigeração, em aerossóis (spray) e como matérias-primas para a produção de isopor. Os CFC se decompõem nas altas camadas da atmosfera e acabam por destruir as moléculas de ozônio, prejudicando assim a filtração da radiação ultravioleta.
"Um provérbio indígena questiona se somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, é que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro"
Efeito estufa


Efeito estufa provoca o aquecimento do planeta.
Do total de raios solares que atingem o planeta, quase 50% ficam retidos na atmosfera; o restante, que alcança a superfície terrestre, aquece e irradia calor. Esse processo é chamado de efeito estufa.

Apesar de o efeito estufa ser figurado como algo ruim, é um evento natural que favorece a proliferação da vida no planeta Terra. O efeito estufa tem como finalidade impedir que a Terra esfrie demais, pois se a Terra tivesse a temperatura muito baixa, certamente não teríamos tantas variedades de vida. Contudo, recentemente, estudos realizados por pesquisadores e cientistas, principalmente no século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do homem) têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2.

O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse não é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita.

Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmosfera, certamente a temperatura do ar terá um aumento de aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno ocasionará uma infinidade de modificações no espaço natural e, automaticamente, na vida do homem. Dentre muitas, as principais são:

• Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias sofrem elevações e áreas úmidas enfrentam períodos de estiagem. Além disso, o fenômeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de desertificação.
• Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões e tornados.
• Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta.
• Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos polos e, consequentemente, provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos.

O tema "efeito estufa" é bem difundido nos mais variados meios de comunicação do mundo, além de revistas científicas e livros, no entanto a explicação é razoavelmente simples. Em razão de os gases se acumularem na atmosfera, a irradiação de calor da superfície fica retida na atmosfera e o calor não é lançado para o espaço; dessa forma, essa retenção provoca o efeito estufa artificial. Abaixo um esboço de como ocorre o efeito estufa natural e artificial ou provocado pelo homem.

Efeito estufa natural favorável à vida na Terra.


Convenções e Protocolos

Convenção de Estocolmo  foi feita em 2001, na cidade de Estocolmo na Suécia, com o objetivo de “… proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos danosos dos poluentes orgânicos persistentes.”, também chamados de POP.
  A Convenção que só entrou em vigor em 2004, define como “poluentes orgânicos persistentes” aqueles que atendem aos critérios de classificação de seu Anexo D que inclui critérios sobre persistência, bioacumulação,potencial para transporte ambiental de longo alcance e efeitos adversos.
  Segundo a Convenção, as partes se comprometem a proibir a produção e utilização dos produtos do anexo A, que inclui os seguintes POPs: aldrin, dieldrin, endrin, hexaclorobenzeno (HCB), heptacloro, clordano, mirex, toxafeno e bifenilas policloradas (PCB).
As partes devem também proibir a comercialização dos produtos do Anexo B da Convenção sendo que estes só poderão ser produzidos de acordo com o que dispõe a convenção. Ex.: DDT.
  Em seu Anexo C a Convenção trata daqueles POPs que são obtidos de forma não intencional, através do processamento de alguns resíduos, como o tratamento térmico de matéria orgânica. Alguns POPs obtidos do anexo C são: dibenzeno-p-dioxinas policloradas e dibenzenofuranos policlorados (PCDD/PCDF), hexaclorobenzeno (HCB) e bifenilas policloradas. Os elementos deste anexo, mesmo sendo de geração não intencional, podem ter sua geração minimizada ou mesmo eliminada segundo algumas disposições do próprio Anexo C que inclui a não utilização de cloro elementar ou outras substâncias que o gerem, em processos de branqueamento, utilização de tecnologia de baixo-resíduo e substituição de matérias primas.
A Convenção determina, também, que as partes tomem medidas para evitar que novos POPs, ou produtos químicos e pesticidas contendas estas substâncias, sejam produzidos e comercializados.

A preocupação com os problemas ambientais vem se intensificando a cada ano, pois é necessária uma mudança comportamental urgente para não agravar ainda mais a degradação do meio ambiente. No entanto, há algumas décadas essa temática tem sido abordada; o primeiro grande evento foi a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972 na Suécia. 

Outro grande evento para debate ambiental foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada entre os dias 3 e 14 de junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O evento, que ficou conhecido como ECO-92 ou Rio-92, fez um balanço tanto dos problemas existentes quanto dos progressos realizados, e elaborou documentos importantes que continuam sendo referência para as discussões ambientais. 

Diferentemente da Conferência de Estocolmo, a Eco-92 teve um caráter especial em razão da presença maciça de inúmeros chefes de Estado, demonstrando assim a importância da questão ambiental no início dos anos 90. Durante o evento, o presidente Fernando Collor de Mello transferiu temporariamente a capital federal para o Rio de Janeiro. As forças armadas foram convocadas para fazer uma intensa proteção da cidade, sendo responsáveis também pela segurança de todo o evento. 

A ECO-92 contou também com um grande número de Organizações Não Governamentais (ONGs), que realizaram de forma paralela o Fórum Global, que aprovou a Declaração do Rio (ou Carta da Terra). Conforme esse documento, os países ricos têm maior responsabilidade na preservação do planeta. 

Duas importantes convenções foram aprovadas durante a ECO-92: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Outro resultado de fundamental importância foi a assinatura da Agenda 21, um plano de ações com metas para a melhoria das condições ambientais do planeta. 

A Agenda 21 consiste em um acordo estabelecido entre 179 países para a elaboração de estratégias que objetivem o alcance do desenvolvimento sustentável. 

Esse documento está estruturado em quatro seções: 

- Dimensões sociais e econômicas; 
- Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento; 
- Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais; 
- Meios de implementação. 

O aprofundamento da Convenção sobre Mudanças Climáticas resultou na elaboração do Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a redução da emissão de gases causadores do efeito de estufa. 
Porém, muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento, em virtude do modelo de produção e consumo estabelecido, não colocaram em prática as políticas ambientais elaboradas durante esses eventos, intensificando o aquecimento global.